
A moda sustentável é a moda que foca em uma produção e consumo de menor impacto no meio ambiente e nas pessoas; entenda mais sobre Você sabe a origem e o destino de todas as peças de roupa que você usa? A moda sustentável é a área desse setor que se preocupa em pensar em soluções mais responsáveis social e ambientalmente para todo o ciclo de vida de uma roupa.
Na moda sustentável, a escolha das matérias-primas é fundamental para garantir que o impacto ambiental e social da produção de roupas seja minimizado.
A escolha das matérias-primas se baseia em vários critérios, incluindo a sustentabilidade do material em si, a forma como é produzido e a disponibilidade do material.
Por exemplo, as empresas devem optar por fibras biodegradáveis e sem o uso de pesticidas ou outros produtos tóxicos.
Além disso, materiais orgânicos como o algodão, o linho, o cânhamo e a seda, que são cultivados sem o uso de pesticidas e herbicidas prejudiciais ao meio ambiente são opções mais adequadas.
Já o uso de tecidos sintéticos — como poliéster e viscose — necessitam de uma grande quantidade de produtos químicos na confecção. Outras escolhas, em relação à matéria-prima, que também podem fazer sentido nesse tipo de moda são:
Há muitos vilões da indústria da moda. Entre alguns dos principais, se destaca: desperdício de resíduos têxteis, uso exagerado de recursos hídricos e exploração da mão de obra barata. Entenda melhor a seguir.
As toneladas de resíduos têxteis são um dos principais vilões da indústria da moda. A produção excessiva de roupas e a rápida obsolescência da moda levaram a um aumento significativo na quantidade de resíduos têxteis gerados em todo o mundo.
Roupas velhas, retalhos e peças de couro compõem as mais de 4 milhões de toneladas de resíduos têxteis descartados por ano no Brasil, segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
Esses resíduos têxteis podem levar décadas ou até séculos para se decompor, ou ainda podem ser incinerados, gerando emissões prejudiciais ao meio ambiente.
Quando se avalia a indústria têxtil — para além da moda —, o relatório da Ella Macarthur Foundation, “Uma nova economia têxtil: redesenhando o futuro da moda”, revela que são produzidos 93 bilhões de metros cúbicos de água anualmente.
Isso equivale a 37 milhões de piscinas olímpicas.
É por isso que o uso irresponsável de recursos hídricos é também tido como um dos vilões da indústria da moda.
A produção de roupas e tecidos requer grandes quantidades de água, desde o cultivo de fibras de plantas até a lavagem e tingimento de tecidos.
Esse uso excessivo de recursos hídricos pode levar à escassez de água em áreas onde a água já é limitada, especialmente em países em desenvolvimento.
Além disso, o uso de produtos químicos na produção de roupas e tecidos pode contaminar as fontes de água, prejudicando a qualidade da água e a vida aquática.
A produção de roupas e acessórios, muitas vezes, envolve a contratação de trabalhadores em países em desenvolvimento, onde os salários são baixos e os direitos trabalhistas são limitados.
Esses trabalhadores frequentemente trabalham em condições precárias, incluindo longas horas de trabalho, baixos salários, falta de segurança no trabalho e exposição a produtos químicos perigosos.
Em alguns casos, esses trabalhadores também são submetidos a formas de trabalho forçado, como trabalho infantil e trabalho escravo.
Segundo o Global Slavery Index, de 2018, disponibilizado pela fundação Walk Free, a moda é o segundo setor que mais explora pessoas.
Como efeito, esse processo contribui para a perpetuação do ciclo de pobreza e desigualdade em muitos países em desenvolvimento.
A moda e a sustentabilidade dependem de que pessoas, comunidades e ambientes envolvidos no processo sejam cuidados e protegidos. Mas os benefícios da moda sustentável, especificamente no meio ambiente, são:
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